Scott Conger, prefeito de Jackson, Tennessee, fez campanha com uma modesta promessa de melhorar a infraestrutura local. Ele planejava construir calçadas, abrir um centro para idosos e reparar o envelhecido sistema de escoamento de águas pluviais em sua cidade de 68.000 habitantes, a meio caminho entre Nashville e Memphis.
Mas ao iniciar seu quarto ano no cargo, Conger, 38, adotou uma nova causa favorita: criptomoedas. Ele prometeu dar aos funcionários da cidade a opção de converter seus contracheques em Bitcoin e delineou planos para instalar uma rede de mineração digital em uma ala deserta da Prefeitura. O objetivo, disse ele, é fazer de Jackson um centro tecnológico do sudeste.
Como muitos americanos, Conger descobriu as criptomoedas durante a pandemia e logo caiu na toca do coelho da internet. Seus planos o transformaram em uma espécie de celebridade no mundo das criptomoedas, uma distinção estranha para o líder de um centro industrial de médio porte onde são fabricadas batatas fritas Pringles.
“Bitcoin é um grande equalizador financeiro”, declarou Conger este mês em uma entrevista na Prefeitura. “É uma proteção contra a inflação. Pode preencher essa lacuna de riqueza.”