O futebol no Reino Unido é uma celebração dos britânicos em sua forma mais tribal. Um torcedor de um time pode morar ao lado de um torcedor de outro e, se vestirem camisetas diferentes no dia do jogo, esses vizinhos estarão imersos em tradições diferentes e uivarão por resultados diferentes.
As forças que colocam uma tribo contra a outra parecerão misteriosas e triviais para quem não é fã. Com exceções ocasionais. Quando o Southampton F.C. jogou Swansea City algumas semanas atrás, até o agnóstico do futebol teria percebido que o jogo destacava uma grande diferença. Uma diferença à escala nacional.
As arquibancadas estavam praticamente vazias. Isso porque o jogo foi realizado em Swansea, que fica no País de Gales, onde o governo, lutando contra o coronavírus, estava limitando a multidão de eventos esportivos a apenas 50. (As regras já foram flexibilizadas.)
“Em circunstâncias normais, eu estaria a caminho do País de Gales esta tarde”, disse Mark Littlewood no dia do jogo. O Sr. Littlewood é o diretor-geral do Instituto de Assuntos Econômicos, um think tank de livre mercado e torcedor do Southampton.